Este
número Zero materializa um desejo que não é de hoje, nem decorrente
exclusivamente desse momento, no qual
estamos, compulsoriamente, isolados fisicamente e, no entanto e paradoxalmente,
mais conectados do que nunca. Tal desejo, que é antigo, está relacionado à nossa constatação de que o
Museu Afro-Brasileiro precisa ampliar os seus canais de comunicação e escuta,
inclusive para alimentar-se para o reforço das abordagens que realiza através
de suas exposições, atividades culturais
e educativas, entre outras, a partir do diálogo com pessoas que vivem, produzem e refletem
africanidades.
O
seu lançamento faz parte das atividades da 14ª. Primavera dos Museus,
iniciativa do IBRAM – Instituto Brasileiro dos Museus, que nessa edição tem o
tema: Mundo Digital – Museus em Transformação.
Para este número inaugural, o Zero, escolhemos o formato blog como
plataforma, mas o projeto editorial do número Um já está sendo gestado para que
a partir do mês de outubro, na última semana de cada mês, tenhamos novidades na
rede.
O
processo de criação da Revista, desde a discussão conceitual até a produção foi
totalmente realizado pela equipe de museologia do museu, Amélia Costa, Ilma
Vilasboas e Morgana Dávila, que juntamente comigo e em trabalho remoto e
articulado, em menos de três semanas deu conta do desafio editorial inicial.
Este é um projeto artesanal, o que para nós é um valor agregado e que muito nos
agrada.
No
entanto, a concretização dessa proposta só foi possível por contarmos com um
time de colaboradores e colaboradoras que, no primeiro contato e convite,
responderam positivamente, apesar de todos os compromissos que tomam as suas
agendas. A cada pessoa envolvida, nosso agradecimento enfático. A ideia é de
que a cada número sejam publicados
escritos desses parceiros, em sessões como as já previstas: Por dentro do Museu (sob responsabilidade da
equipe do MAFRO, será dedicada a publicação de temas e informações relativas ao
Museu, seu acervo e questões correlatas); Teatro; Futurismos; Literatura;
Cultura Material; Impressões da Imprensa; Cinema; Musicalidades; Memórias
Pretas; Artes Visuais; Ciência e Tecnologia; Educação, e outras que surgirão, a
partir das temáticas apresentadas pelo time de colaboradores e
colaboradoras. Em algumas edições
veicularemos dossiês temáticos, com o objetivo de reunir reflexões sobre temas
específicos.
Neste
número inaugural escolhemos falar das colaboradoras e colaboradores, ou melhor,
considerando a relevância de suas trajetórias pessoais e profissionais, pedimos
que escrevessem sobre si, pois acreditamos que este é um grande tema a ser
tratado, as histórias de vida, estratégias, conquistas resultantes das suas
ações e articulações coletivas. Ao longo dos dias subsequentes ao lançamento,
serão postados novos textos escritos de colaboradores que estão em processo de
finalização do material. Para além de artesanal, e também por isso, esta é uma
Revista em processo.
Desejamos
boa leitura e diálogos inspiradores.
Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha
Diretor do MAFRO - Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia
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