sábado, 26 de setembro de 2020

Editorial - Marcelo Cunha

 


Este número Zero materializa um desejo que não é de hoje, nem decorrente exclusivamente desse momento,  no qual estamos, compulsoriamente, isolados fisicamente e, no entanto e paradoxalmente, mais conectados do que nunca. Tal desejo, que é antigo,  está relacionado à nossa constatação de que o Museu Afro-Brasileiro precisa ampliar os seus canais de comunicação e escuta, inclusive para alimentar-se para o reforço das abordagens que realiza através de suas  exposições, atividades culturais e educativas, entre outras, a partir do diálogo com pessoas que vivem, produzem e refletem africanidades.

O seu lançamento faz parte das atividades da 14ª. Primavera dos Museus, iniciativa do IBRAM – Instituto Brasileiro dos Museus, que nessa edição tem o tema: Mundo Digital – Museus em Transformação.  Para este número inaugural, o Zero, escolhemos o formato blog como plataforma, mas o projeto editorial do número Um já está sendo gestado para que a partir do mês de outubro, na última semana de cada mês, tenhamos novidades na rede.

O processo de criação da Revista, desde a discussão conceitual até a produção foi totalmente realizado pela equipe de museologia do museu, Amélia Costa, Ilma Vilasboas e Morgana Dávila, que juntamente comigo e em trabalho remoto e articulado, em menos de três semanas deu conta do desafio editorial inicial. Este é um projeto artesanal, o que para nós é um valor agregado e que muito nos agrada.

No entanto, a concretização dessa proposta só foi possível por contarmos com um time de colaboradores e colaboradoras que, no primeiro contato e convite, responderam positivamente, apesar de todos os compromissos que tomam as suas agendas. A cada pessoa envolvida, nosso agradecimento enfático. A ideia é de que a cada número sejam  publicados escritos desses parceiros, em sessões como as já previstas: Por dentro do Museu (sob responsabilidade da equipe do MAFRO, será dedicada a publicação de temas e informações relativas ao Museu, seu acervo e questões correlatas); Teatro; Futurismos; Literatura; Cultura Material; Impressões da Imprensa; Cinema; Musicalidades; Memórias Pretas; Artes Visuais; Ciência e Tecnologia; Educação, e outras que surgirão, a partir das temáticas apresentadas pelo time de colaboradores e colaboradoras.  Em algumas edições veicularemos dossiês temáticos, com o objetivo de reunir reflexões sobre temas específicos.

Neste número inaugural escolhemos falar das colaboradoras e colaboradores, ou melhor, considerando a relevância de suas trajetórias pessoais e profissionais, pedimos que escrevessem sobre si, pois acreditamos que este é um grande tema a ser tratado, as histórias de vida, estratégias, conquistas resultantes das suas ações e articulações coletivas. Ao longo dos dias subsequentes ao lançamento, serão postados novos textos escritos de colaboradores que estão em processo de finalização do material. Para além de artesanal, e também por isso, esta é uma Revista em processo.

Desejamos boa leitura e diálogos inspiradores.


Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha
Diretor do MAFRO - Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia


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